A dieta à base de plantas está sendo reconhecida como uma alternativa mais saudável que a dieta com carnes. Uma vez que, a aterosclerose é associada a uma dieta com alto consumo de carne, gordura e carboidratos, resultando em um progressivo dano a células endoteliais, que revestem o sistema vascular, incluindo o coração. Os polifenóis encontrados nas plantas tem um efeito protetor nas células do endotélio vascular, prevenindo a oxidação da lipoproteína de baixa densidade (LDL). Além disso, há grandes evidências que os flavonoides têm efeitos benéficos nas células endoteliais vasculares (VEC), que são células envolvidas na manutenção da homeostase, elas também modulam a produção de óxido nítrico, leucócitos, adesão plaquetária e a transmigração de macrófagos. Recentemente, metabólitos de L-carnitina, como o n-óxido de trimetilamina (TMAO), produtos da ingestão de carne vermelha foram identificados como potenciais preditores de doença arterial coronariana (CAD), o metabolismo da L-carnitina pelo microbioma intestinal somente é associada com aterosclerose em onívoros, mas não em vegetarianos, afirmando os benefícios de uma dieta à base de plantas para pacientes com CAD. O estudo sugere que, mudar para uma dieta à base de plantas pode conferir efeito protetor contra aterosclerose, pois aumenta a proteção das células endoteliais enquanto diminui os fatores que a prejudicam. Essa revisão fornece uma perspectiva das evidências de proteção de uma dieta à base de plantas contra aterosclerose e CAD. Um estudo da Lifestyle Heart Trial descobriu que 82% dos pacientes diagnosticados com doenças cardíacas que começaram a seguir uma dieta à base de plantas obtiveram algum nível de regressão na aterosclerose e 91% teve uma redução na frequência de episódios de angina, enquanto que o grupo controle que seguia a dieta da American Heart Association, 53% teve uma progressão na aterosclerose. Ademais, outro estudo da Nurses’ Health Study demonstrou uma relação inversa entre consumo de frutas e vegetais e CAD, para cada adição de vegetais verdes por dia houve um decréscimo de 11% no risco de CAD. Evidencia-se por meio desse artigo os mecanismos que a dieta à base de plantas usa para prevenir aterosclerose e CAD, isso inclui a prevenção do dano as células VEC, a prevenção da oxidação do LDL e a prevenção da ativação de macrófagos.